terça-feira, 11 de novembro de 2008
O Raul e o Pena - Por Max Gehringer
"Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso
surpreende muita gente.
Figuras sem um Vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial
técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como o Raul.
Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um
colega de classe, o Pena, que era um gênio.
Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do
Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os
livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta
nanquim.
Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no
grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o
Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase.
Deu no que deu. O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o
resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma
colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas
provas.
No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do
estudante que enobrece esta instituição de ensino'.
E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo.
Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma
multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções
estratégicas de cinco e dez anos.
E quem era o chefe do Pena? O Raul. E como é que o Raul tinha conseguido
chegar àquela posição?
Ninguém na empresa sabia explicar direito.
O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e
ninguém ali parecia discordar de tal afirmação.
Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava.
Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.
Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido
para Miami, onde fica a sede da empresa.
Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o
convite.
Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta.
E eu perguntei ao Raul qual era a função dele.
Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta.
O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na
teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.
Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o Vice-presidente de
recursos humanos da empresa do Raul.
E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável... ele
entendia de gente. Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra
dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e
fossem mais produtivos.
E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu
não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima:
'Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo'.
Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar
as relações entre as pessoas.
Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor
comum, um gênio.
Essa era a principal competência dele."
'Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o
verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes.'
:: Espero que tenham gostado da mensagem ::
sábado, 1 de novembro de 2008
GATOS DOMÉSTICOS EM ÁREAS PÚBLICAS
Segue o texto na íntegra que recebi por e-mail - achei de fundamento para postar:
Os gatos domésticos são grandes predadores de aves. Nos Estados Unidos estima-se que em torno de 4 milhões de aves são predadas por gatos domésticos por dia, mais de 1 bilhão de aves por ano (Ornithology, Frank B. Gill, 1995, W. H. Freeman). As aves que se alimentam no chão, como rolinhas e sabiás entre outras, são as principais vítimas. Da mesma forma, os filhotes, que pela dificuldade em voar acabam caindo no chão ou ficando a pouca altura.
A existência de gatos domésticos em áreas públicas ocasiona uma série de problemas, exigindo seu controle. Entretanto, muitas pessoas desconhecem estes problemas e por isto até defendem a permanência destes animais nestas áreas, protegendo-os e alimentando-os.
Os gatos abandonados em áreas públicas oferecem risco à saúde pública, justificando por este motivo a tomada de medidas por parte das autoridades e dos próprios cidadãos. Transmitem diversas doenças, como a toxoplasmose, causada pelo protozoário Toxoplasma gondi, que é transmitido pelas fezes dos felinos. Como eles têm o hábito de defecar na areia, oferecem risco para as crianças, que gostam de brincar nestes lugares. Muitos parques mantêm "bancos de areia" para esta finalidade. A toxoplasmose é especialmente grave em mulheres grávidas, podendo afetar o feto, causando diversas anomalias. Também pode ocorrer a toxoplasmose ocular que ocasiona problemas crônicos de visão. Os portadores de algum tipo de imunodeficiência, como a AIDS, podem apresentar a toxoplasmose cerebral, um tipo grave de meningite.
Além desta doença, os gatos podem ser vetores de verminoses e ectoparasitos. O hábito dos gatos de lamberem seu próprio ânus para limpá-lo e também o pêlo, facilita a passagem de ovos de vermes para este último. As crianças em especial gostam de pegar ou alisar os pelos dos gatos e também com frequência colocam as mãos na boca, fechando o ciclo dos parasitas.
Os gatos mantidos em domicílios devem e podem ser cuidados quanto a estes aspectos, sob orientação de veterinários, o que é impraticável com relação aos gatos abandonados em áreas públicas.
Gatos abandonados podem ficar menos amistosos, podem agredir pessoas que tentam segurá-los, com arranhões e mordidas. As mordeduras oferecem o risco de transmissão da raiva, uma doença mortal. Em função disto, o ofendido será obrigado a tomar o esquema de vacinação anti-rábico ou encaminhar o animal para um órgão especializado para ser sacrificado e examinado. Em geral a população desconhece este risco e dificilmente toma estas providências preventivas.
O argumento de que os gatos ajudam a controlar os ratos é frágil, pois embora os gatos de fato capturem ratos, o controle dos roedores deve ser feito principalmente pela destinação adequada do lixo. Muitas pessoas colocam alimentos para os gatos em áreas públicas, o que acaba favorecendo os ratos e baratas. Em áreas suburbanas, rurais ou mesmo em Unidades de Conservação podem matar ratos silvestres, importantes na cadeia alimentar de muitos animais silvestres.
Algumas pessoas argumentam também que os gatos constituem parte do ecossistema ou da cadeia alimentar. De fato isto ocorre, porém na natureza os felinos silvestres existem em uma densidade populacional muito menor que a apresentada pelos gatos domésticos, sendo necessária uma área muito grande para a sobrevivência de um único gato selvagem. Uma onça pintada, por exemplo, exige uma área mínima de 200 hectares. No Parque da Luz, em São Paulo, foram capturados de uma só vez 100 gatos.
Os gatos são animais domésticos, portanto, para que sejam adequadamente tratados, devem ser mantidos restritos aos domicílios.
Outros argumentam o "direito" dos gatos de viverem nas áreas públicas. Mas na realidade estão reivindicando seu próprio direito de utilizarem áreas públicas como "quintais particulares" para seus animais de estimação, já que para lá os levam e vão diariamente alimentá-los e dar outros cuidados. Em muitas cidades, como em São Paulo, há legislações que proíbem a soltura de animais domésticos em áreas públicas. Pessoas que não querem mais seus animais devem levá-los para entidades protetoras de animais que se disponham a cuidar deles, ou aos Centros de Controle de Zoonoses municipais.
:: Certamente devemos ter nossos cuidados ::